Índice:
1. As Duas Naturezas da Bíblia
- A BÍBLIA COMO LIVRO HUMANO
- A BÍBLIA COMO LIVRO DIVINO
Há muitas pessoas que ficam desanimadas com as controvérsias e as polêmicas que existem nos meios intelectuais onde se estuda a Bíblia. Elas acabam por considerar todo estudo mais sério como desnecessário e mesmo como uma barreira à espiritualidade e ao crescimento da Igreja. Simpatizamos com pessoas assim, pois realmente existe muito academicismo e intelectualismo árido e infrutífero em muitos círculos acadêmicos ditos evangélicos. Por outro lado, rejeitar essas coisas não vai resolver o problema, pois continuamos diante de um texto antigo, distanciado de nós, escrito em outras línguas e que precisa ser interpretado para poder ser entendido. Alguns dizem: “Vamos deixar de lado essas questões e simplesmente ler a Biblia como ela é”. Infelizmente, uma abordagem assim não é possível.
Não existe leitura e entendimento de um texto sem que haja interpretação, mesmo que ela se processe de forma inconsciente. O objetivo desta parte introdutória é levantar alguns aspectos da natureza da Bíblia que tornam indispensável um esforço consciente para interpretá-la.
A BÍBLIA COMO LIVRO HUMANO
O fato de que a Bíblia não caiu pronta do céu, mas que foi escrita por diferetes pessoas em diferentes épocas, línguas e lugares, alerta-nos para o que alguns estudiosos têm chamado de distanciamento. O fenômeno do distanciamento aparece em diversas áreas.
DISTANCIAMENTO TEMPORAL
A Bíblia está séculos distante de nós. Seu último livro foi escrito pelo final do século I da Era Cristã, o que nos separa temporalmente em dois milênios. A distância temporal, num mundo em constantes mudanças, faz com que a maneira de encarar o mundo, os aspectos culturais e linguísticos dos escritores da Bíblia se percam no passado distante. Portanto, como qualquer documento antigo, a Bíblia precisa ser lida levando-se isto em conta. Na época do Novo Testamento o distanciamento já era uma realidade. A história da interpretação das Escrituras visa mostrar como, desde cedo, o leitor das Escrituras procurou condições de transpor esse abismo temporal.
DISTANCIAMENTO CONTEXTUAL
Os livros da Bíblia foram escritos para atender a determinadas situações, que já se perderam no passado distante.
É verdade que ao serem incluídos no cânon bíblico, eles passaram a ser relevantes para a Igreja universal. Por outro lado, recuperar o contexto em que estes livros foram escritos é essencial para entendermos melhor a sua mensagem.
As cartas de Paulo foram escritas visando atender às necessidades de igrejas locais. Por exemplo: — não posso entender corretamente o ensinamento do apóstolo sobre o uso do véu pelas mulheres em Primeira Coríntios cap. 11 se não estiver consciente do problema que estava acontecendo na igreja relacionado com a participação das mulheres no culto. Igualmente, em Primeira João toma outra relevância quando fico consciente de que João estava escrevendo contra a influência de uma forma incipiente de gnosticismo[1] nas igrejas da Ásia Menor. Ou ainda, que o livro de Habacuque foi escrito num contexto de iminente invasão por potências estrangeiras.
A mensagem do evangelho de Marcos fica mais clara quando descobrimos que Marcos escreveu para ajudar os crentes romanos a enfrentar as provações que sofriam por causa de Cristo. E o livro de Jonas, especialmente a atitude de Jonas contra os ninivitas, ganha maior clareza quando descubro que havia uma antipatia natural dos judeus contra os ninivitas por causa dos seus grandes pecados.
A hermenêutica bíblica historicamente sempre buscou transpor as dificuldades criadas pela distância contextual.
DISTANCIAMENTO CULTURAL
O mundo em que os escritores da Bíblia viveram já não existe. Está no passado distante, com suas características, cosmovisões, costumes, tradições e crenças. Muito embora a inspiração das Escrituras garanta que sua mensagem seja relevante para todas as épocas, devemos lembrar que esta mensagem foi registrada numa determinada cultura, da qual preservou traços.
Os intérpretes da Bíblia devem levar em conta o jeito de escrever daquela época, a maneira de expressar conceitos e ilustrar as verdades, para poder transpor a distância cultural.
DISTANCIAMENTO LINGÜÍSTICA
As línguas em que a Bíblia foi escrita também já não existem. Não se fala mais o hebraico, o grego e o aramaico bíblicos nos dias de hoje, mesmo nos países onde a Bíblia foi escrita. Como cada língua tem seu jeito próprio de comunicar conceitos (apesar de uma estrutura comum a todas), os leitores da Bíblia devem levar em conta estas peculiaridades.
O conhecimento do paralelismo hebraico certamente ajudou alguns intérpretes da Bíblia através da história a entender os Salmos e os profetas melhor.
DISTANCIAMENTO AUTORAL
Devemos ainda reconhecer que teríamos uma compreensão mais exata da mensagem de alguns textos bíblicos reconhecidamente obscuros se os seus autores estivessem vivos.
Poderíamos perguntar a eles acerca dessas passagens complicadas que escreveram e que continuam até hoje desafiando os melhores intérpretes. Por exemplo, Pedro poderia nos esclarecer o que ele quis dizer com “Cristo foi e pregou aos espíritos em prisão” (lPe 3.19). Ou ainda, Paulo poderia nos dizer o que ele quis dizer com “o que farão os que se batizam pelos mortos?” (1Co 15.29). Mateus poderia finalmente tirar a dúvida sobre o sentido da frase de Jesus “não terminarão de percorrer as cidades de Israel até que venha o Filho do Homem” (Mt 10.23).
Cremos que esta intenção sobrevive no que escreveram. Mas certamente a ausência do autor faz com que a interpretação de textos obscuros seja necessária.
O distanciamento, portanto, tem exigido dos leitores da Bíblia ao longo dos séculos a tarefa de interpretá-la.
Interpretar é tentar transpor o distanciamento em suas várias formas, como mencionadas acima, e chegar ao sentido exato do texto. De forma geral, o ponto central da mensagem da Bíblia é tão claro que pode ser entendido por todos, mesmo os que não estão conscientes do distanciamento.
A prova disto é que a Igreja vem se mantendo viva e ativa ao longo dos séculos, sendo composta em sua quase absoluta maioria por pessoas que não têm treinamento teológico, histórico e linguístico que permitiriam uma leitura mais informada das Escrituras.
Entendendo o Lado Humano da Bíblia
Seria importante perguntar até que ponto o lado humano das Escrituras possibilitou a entrada de erros na mesma. Essa é uma questão bastante controversa e certamente não poderemos abordá-la de forma exaustiva aqui. Apenas reafirmaremos nossa convicção de que a Bíblia é a Palavra de Deus, verdadeira em tudo que afirma, com algumas qualificações que mencionamos a seguir.
Copistas
Ao dizermos que a Bíblia é verdadeira em tudo que afirma não estamos negando que erros de copistas se introduziram no longo processo de transmissão da mesma.
Seria negar a realidade. A inerrância é um atributo dos autógrafos, ou seja, do texto como originalmente produzido pelos autores inspirados por Deus.
Muito embora hoje não tenhamos mais os autógrafos, pela providência divina podemos recuperá-los quase que em sua totalidade através da ajuda de ferramentas como a baixa crítica ou a manuscritologia bíblica.
Linguagem de Acomodação
Também não estamos dizendo que os autores bíblicos receberam conhecimento pleno e onisciente acerca do mundo, ao escreverem.
Eles se expressaram nos termos e dentro do conhecimento disponível naquela época, acomodando a verdade revelada em termos do que sabiam do mundo.
Assim, eles falam que o sol nasce num lado do céu e se põe no outro, ou ainda mencionam que o sol parou no céu (Josué).
No livro de Levítico, se diz que a lebre rumina e que o morcego é uma ave. Sabemos que pelos padrões científicos atuais lebres não ruminam e morcegos não são aves. Os autores bíblicos, entretanto, estavam se expressando mediante a linguagem das aparências, acomodando-se ao conhecimento de sua época.
Do ponto de vista do observador o sol de fato gira em torno da terra, todos os animais que mexem com a boca após comer parecem ruminantes e tudo que tem asas e voa parece ave!
Não Sabemos Tudo
Também não estamos dizendo que podemos explicar todas as dificuldades da Bíblia em termos absolutamente satisfatórios.
— Por exemplo: a harmonia dos Evangelhos continua sendo em parte um desafio para autores comprometidos com a inerrância bíblica, pois nem sempre se consegue achar uma explicação absolutamente satisfatória para alguns dos problemas levantados pelas poucas e aparentes discrepâncias entre os Evangelhos. Ou ainda, pelas aparentes discrepâncias entre I e 2 Crônicas, e I e 2 Reis. No entanto, não podemos aceitar soluções que impliquem numa diminuição da autoridade das Escrituras, sugerindo contradições ou erros.
É preferível aguardar até que mais informações nos ajudem a achar soluções compatíveis com a natureza da Escritura e sua divina origem.
Traduções São pertinentes
Por último, é importante acrescentar que não estamos dizendo que as traduções da Bíblia são inerrantes. Muito embora possamos ler com confiança a Bíblia em nossa língua, reconhecemos que em muitos casos os tradutores tiveram que tomar decisões relacionadas com a melhor maneira de verter um determinado termo ou expressão, e que tais decisões, se não sendo inspiradas por Deus do relato, nem sempre foram incorretas.
Conclusão
A dupla natureza da Bíblia provoca um distanciamento temporal e espiritual que precisa ser transposto, para que possamos chegar à sua mensagem. Contudo, com a graça de Deus, desenvolvem-se estudos da interpretação da Bíblia pela Igreja Cristã e outros grupos através da história.
Porém, isso não nos isenta de buscarmos compreender de forma mais exata e completa a revelação que Deus fez de si mesmo.
A BÍBLIA COMO LIVRO DIVINO
O fato de que a Bíblia foi inspirada por Deus, sendo assim a sua Palavra, também deve ser levado em conta por aqueles que desejam interpreta-la corretamente. A divindade e a humanidade das Escrituras devem ser mantidas em equilíbrio. Quando enfatizamos uma em detrimento da outra, acabamos por cair em alguns daqueles erros hermenêuticos que veremos ao longo da nossa análise da história da interpretação das Escrituras.
Este foi o grande problema do método histórico-critico de interpretação, que surgiu com o Iluminismo, ao adotar os pressupostos racionalistas quanto às Escrituras, contrários à sua origem divina. Ao tratar a Bíblia como qualquer outro livro de religião, deixando de levar em conta sua inspiração e divina autoridade, os estudiosos e professores cristãos influenciados pelo racionalismo acabaram por desenvolver um método de interpretação que não aceitava o conceito de revelação, inspiração e providência de Deus.
Muitos movimentos e grupos religiosos esqueceram através da história o fenômeno do distanciamento e encararam a Bíblia como se fosse um livro caído do céu, cuja interpretação dependia somente de oração, jejum e plenitude do Espírito Santo.
A utilização consciente de princípios de interpretação compatíveis com a natureza dela farão com que esse conhecimento nos chegue de forma mais exata e completa. Precisamos ter cuidado, porém, para não cairmos no erro de pensar que somente aqueles que têm treinamento profissional em princípios de interpretação poderão chegar ao conhecimento da mensagem das Escrituras.
DISTANCIAMENTO NATURAL
A distância entre Deus e nós é imensa.
Ele é o Senhor, criador de todas as coisas, do céu e da terra.
Somos suas criaturas, limitadas, finitas. Nossa condição de seres humanos impõe limites à nossa capacidade de entender e compreender as coisas de Deus. Não impede a possibilidade desse conhecimento, com certeza, mas o limita.
O fato de sermos seres humanos tentando entender a mensagem enviada pelo Deus criador em si só representa um distanciamento.
A distância entre a criatura e o Criador, tão freqüentemente mencionada nas Escrituras, tem seus efeitos também na hermenêutica. Os intérpretes da Bíblia não podem ignorar isso e pensar que bastam ferramentas hermenêuticas corretas para que se entenda a revelação de Deus.
Historicamente, muitos desses intérpretes reconheceram a necessidade de transpor essa distância pela iluminação do Espírito.
DISTANCIAMENTO ESPIRITUAL
O fato de que somos pecadores impõe ainda mais limites à nossa capacidade de interpretação da Bíblia.
Todos os intérpretes da Bíblia têm sido e são seres afetados pelo pecado tentando entender os desígnios do Deus puro e santo.
A Queda é um conceito espiritual, mas que não pode ser deixado de lado em qualquer sistema interpretativo das Escrituras.
Transpor o abismo epistemológico causado pela Queda é certamente o ponto de partida. A regeneração e a conversão são a resposta de Deus a essa condição.
DISTANCIAMENTO MORAL
É a distância que existe entre intérpretes pecadores e egoístas e a pura e santa Palavra que pretendem esclarecer.
A corrupção de nossos corações acaba por introduzir na interpretação das Escrituras motivações incompatíveis com o Autor das mesmas. Infelizmente a história da Igreja mostra como diferentes. grupos manipulam as Escrituras para defender, provar e dar autoridade a seus pontos de vista.
Certamente existem pessoas sinceras, mas a sinceridade nem sempre evita o equívoco. Não podemos negar que o distanciamento moral acaba nos levando a torcer o sentido das Escrituras, procurando usá-la para nossos fins, nem sempre louváveis.
A Bíblia tem sido usada como prova das mais conflitantes teorias e ideias, o que mostra que ler e entender imparcialmente a sua mensagem não é tão fácil assim.
A Bíblia foi usada pelos protestantes de países colonizadores para justificar a escravidão, usando textos do Antigo e Novo Testamento, que falam da escravidão sem, contudo, aboli-la (Ex 21.2-6).
Os seus opositores usaram também a Bíblia para defender as ideias abolicionistas, usando a parábola do bom samaritano e “amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
A Bíblia também foi usada para provar que os judeus deveriam ser perseguidos e que os protestantes brancos são uma raça superior. A Bíblia foi usada para executar as bruxas, para impedir o casamento dos padres, para defender a masturbação, para justificar o aborto e a eutanásia, para regular o tamanho das saias e do cabelo das mulheres cristãs, para prover aceitação e fortalecimento dos homossexuais, para proibir ingerência de qualquer tipo de bebida alcoólica, para proibir transfusão de sangue, etc,…o catálogo é imenso.
[1] movimento religioso, de caráter sincrético e esotérico, desenvolvido nos primeiros séculos de nossa era à margem do cristianismo institucionalizado, combinando misticismo e especulação filosófica
2. COMPREENDENDO A BÍBLIA
Através da bibliologia compreendemos a formação da Bíblia, sua história e como miraculosamente ela chegou até nós.
A BÍBLIA O QUE É?
A palavra Bíblia é de origem grega = “rolo pequeno de papiro”, diminutivo de Biblos = “folha de papiro preparada para a escrita”).

A palavra Bíblia foi usada pela primeira vez, pelo patriarca de Constantinopla: João Crisóstomo em 398 – 404 AD. Portanto, a Bíblia é constituída de uma pequena biblioteca, que contém 66 livros, sendo que é dividida em AT (Antigo Testamento com 39 livros) e NT (Novo Testamento com 27 livros).
Esses livros foram escritos num período de aproximadamente 1600 anos por mais de 40 autores diferentes, dos mais distintos e remotos lugares, e todos eles foram inspirados por Deus. Conforme está escrito: “Toma o rolo, o livro, e escreve nele todas as palavras que te falei… Jr 36:2 a”; “Toda Escritura é inspirada por Deus… porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens (santos) falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (II Tm 3:16 a e II Pe 1:21).
Na Bíblia encontramos a revelação de Deus a toda humanidade, ao revelar que: “o único Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou” (Jo 17:3b). Sendo as Escrituras a revelação de Deus, tanto o AT como o NT, é o seu propósito de revelar a sua salvação, através de Jesus Cristo. Como alguém já disse: “A Bíblia é Deus falando ao homem, é Deus falando através do homem, é Deus falando com o homem, é Deus falando a favor do homem, mas, á sempre Deus falando”.
O ASSUNTO
Criação, perdição do ser humano; criação, degeneração e restauração da terra.
A PALAVRA CHAVE
Deus manifestando-Se ao homem. Poder compreender no Salmo 8.4
O VERSÍCULO
João 3.16 *Não que seja maior ou melhor que outros versículos, porque é de muita profundidade.
PANORAMA ESTRUTURAL

FATOS E PARTICULARIDADES DA BÍBLIA
- 1600 anos
- 40 autores
- 3 continentes – (ÁSIA, ÁFRICA, EUROPA)
- 3 idiomas (HEBRAICO, ARAMAICO E GREGO)
TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
- Jesus
- Cristocêntrico
- Vinda do Messias
- Salvação do Homem
A BÍBLIA PRODUZINDO O NOVO HOMEM
- Sabedoria: Sl 19:7
- Esperança: Rm 15:4.
- Alegria: Sl 19:8a.
- Ilumina os olhos, e caminho: Sl 119:9.
- Educa, corrige: 2Tm 3:16.
- Purifica: Jo 15:3.
- Dirige: Sl 119:104.
- Produz fruto: 2Tm 3:17
A BÍBLIA COMO TEMA CENTRAL
A revelação de Jesus Cristo em busca do homem perdido, cf. Mt 20:28. “tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”
ASPECTOS
- Divisão
- Classificação dos Livros
- Perícopes
- Capítulos
- Versículos
- Particularidades
LIVRO DIVINO (CONJUNTO DE LIBROS INSPIRADOS)
- Revelação
- Inspiração
- Infalibilidade
- Inerrância
CÂNON SAGRADO
- TEXTOS RELIGIOSOS: determinada comunidade aceita como sendo inspirados por Deus e autoritativos
- FORMAÇÃO (Trajeto: Apóstolos, Igreja, Concílios)
- TRANSMISSÃO até os dias atuais
PRESERVAÇÃO E TRADUÇÃO DO TEXTO BÍBLICO
- Línguas originais
- Manuscritos
- História Geral
- Geografia bíblica
- Usos e costumes
- Sistemas de medidas
- História das nações antigas
- Personagens
- Dificuldades (mistérios de Deus)
A ESCRITA DA BÍBLIA E SUA ESTRUTURA
O vocábulo “Bíblia” vem da língua grega, originando-se da cidade fenícia de Byblos, importante centro produtor de papiro.
- (bíblion): livro (rolo de papiro);
- (bíblos): conjunto de livros;
- BÍBLIA: Coleção de livros pequenos
3. Divisão da Bíblia no V.T.
As Escrituras Hebraicas, conhecidas pelos cristãos como Antigo Testamento, têm 46 livros (39 livros na versão usada pelos cristãos protestantes) e constitui a totalidade da Bíblia hebraica (dividida em 24 livros no Judaísmo, pois alguns dos livros que são divididos pelos cristãos em dois na realidade são apenas um. Ex: 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas) e a primeira grande parte da Bíblia cristã.

Chama-se também Tanakh, acrônimo lembrando as grandes divisões dos escritos sagrados da Bíblia hebraica que são os Livros da Lei (ou Torá), os livros dos profetas (ou Nevi’im), e os chamados escritos (Ketuvim).
*NÃO ESTA EM ORDEM CRONOLÓGICA
*SEPTUAGINTA (tradução para o grego séc. III a.C)
Datas estimadas (a.C)
- 1400: Gn, Ex, Lv, Nm, Dt e Jó (?);
- 1350: Josué;
- 1050: Juízes e Rute;
- 1000: Salmos (maioria);
- 1000-575: 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis;
- 950: Provérbios, Eclesiastes e Cantares;
- 750-700: Is, Os, Jl (?), Am, Ob (?), Jn e Mq;
- 625-757: Jr, Na, Hb e Sf;
- 600-539: Ez e Dn;
- 539-515: Ag e Zc;
- 475: Ester;
- 456-400: 1,2 Cr, Ed, Ne e Ml.
V.T. LIVROS DA LEI: TRATAM DA CRIAÇÃO, LEI, ADORAÇÃO, TABERNÁCULO, EXPIAÇÃO.
1. Gênesis: fala como começou tudo, o pecado, e o sofrimento.
2. Êxodo: fala da saída do povo hebreu do Egito; o Sinai, etc.
3. Levítico: fala das leis e os mandamentos de Deus
4. Números: fala da contagem dos israelitas.
5. Deuteronômio: Segundo a Lei: discursos de Moisés.
V.T. LIVROS HISTÓRICOS:
Fala da caminhada e posse do povo israelita em conquista da terra de Canaã. Temos:
- TEOCRACIA, SOB OS JUÍZES.
- MONARQUIA
- DIVISÃO DO REINO
- CATIVEIRO (Assírio 721a.C., conquistaram a Samaria 2Reis 17,5-6 – BABILÔNICO 598a.C.)
PERÍODO PÓS-EXÍLIO
1. Josué
2. Juízes
3. Rute
4. I Samuel.
5. II Samuel
6. I Reis
7. II Reis
8. I Crônicas
9. II Crônicas
10. Esdras
11. Neemias
12.Ester
V.T. LIVROS POÉTICOS
São chamados poéticos devido ao seu gênero.
1. Jó
2. Salmos
3. Provérbios
4. Eclesiastes
5. Cantares
V.T. PROFETAS MAIORES
Por serem os livros mais longos que os outros, são assim chamados pela extensão dos textos apenas.
1. Isaías
2. Jeremias
3. Lamentações de Jeremias
4. Ezequiel
5. Daniel
V.T. PROFETAS MENORES
Por serem os livros mais curtos, são chamados pelo seu escrito mais curto que o dos profetas maiores.
1. Oséias
2. Naum
3. Joel
4. Habacuque
5. Amós
6. Sofonias
7. Obadias
8. Ageu
9. Jonas
10. Zacarias
11. Miquéias
12. Malaquias
4. Divisão da Bíblia no N.T.
São divididos em 4 partes, 27 livros:
I PARTE – EVANGELHOS
Os quatro evangelhos, sendo que os três primeiros são chamados sinópticos devido ao paralelismo que se apresentam.
- Mateus: para atender aos judeus (genealogia).
- Marcos: para atender os romanos (Jesus como servo).
- Lucas: para os gregos (Jesus como Filho de Deus, ou do Homem).
- João: para o mundo (Jesus para o mundo, sua divindade).
II PARTE – HISTÓRICO
Registra a história da Igreja Primitiva e a atuação do Espírito Santo, nos seus primeiros primórdios.
Atos dos Apóstolos: são os Atos do Espírito Santo na igreja emergente.
III PARTE – EPÍSTOLAS PAULINAS
São 13 cartas dirigidas as igrejas e/ou a indivíduos. Atribuídas autoria geralmente a Paulo.
1. Romanos
2. I Coríntios
3. II Coríntios
4. Gálatas
5. Efésios
6. Filipenses
7. Colossenses
8. I Tessalonicenses
9.II Tessalonicenses
10. I Timóteo
11. II Timóteo
12. Tito13. Filemon
IV PARTE – EPÍSTOLAS GERAIS
São cartas universais atribuídas a vários apóstolos sendo que a de Hebreus, o autor é desconhecido.
1. Hebreus
2. Tiago
3. I Pedro
4. II Pedro
5. I João
6. II João
7. III João
8. Judas
V PARTE – PROFÉTICO
Chamado de revelação das coisas dos últimos dias que deverão acontecer. É um livro apocalíptico.
1. Apocalipse ou Revel
ação
5. Literatura Apócrifa
Chamamos de Apócrifos (significa ocultos, falsos em autenticidade), os escritos produzidos no período Interbíblico.
No silêncio da voz divina, multiplicaram-se as palavras humanas. Há ainda outros livros espúrios[1], tanto no V. T. como no N. T., chamados de Pseudoepigráficos, ex.: Enoque, os 12 Patriarca, Moisés, Apocalipse de Paulo, etc.
A denominação “apócrifos”, se estabelece comumente aos 14 escritos contidos em algumas Bíblias de edição do romanismo, misturados entre os livros do Antigo Testamento.
“Porque de ser apócrifos”
- Porque foram escritos depois de haver cessado a inspiração divina.
- Porque os judeus jamais os reconheceram como Escrituras.
- Porque a Igreja primitiva jamais os reconheceu como inspirados.
- Porque foram inseridos na Bíblia quando se fez a tradução para o grego chamada Septuaginta.
- Da Septuaginta, foi levada para ao latim e do latim para a Vulgata.
- Porque Jerônimo, tradutor da Vulgata não concordou em inserí-los, mas o fez obrigado.
- Porque a Igreja Romana, para combater os protestantes, declarou-os canônicos 11 dos 14 apócrifos.
- A Igreja Romana denomina de Protocanônicos os que chamamos de canônicos, e de Deuterocanônicos os que chamamos de apócrifos e de Pseudoepigráficos os que chamamos de apócrifos.
Dos 14 livros apócrifos, a Igreja Romana aceita 11 como sendo: 7 livros, 4 apêndice. Os quais são; Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, I Macabeu e II Macabeu. Os apêndices são: Ester, Cânticos dos três filhos, História de Suzana, e Bel e o Dragão. E três foram rejeitados: III Esdras, IV. Esdras e a Oração de Manassés.
- Tobias: narra a vida de Tobias, que era filho de um pai cego.
- Judite: é uma narrativa histórica dos judeus libertados do poder de Holofernes, general da Pérsia, devido à coragem de uma heroína chamada Judite. Apareceu por volta do II século a.C.
- Sabedoria: mostra através de provérbios a sabedoria verdadeira e a reta da gentílica ou iníqua e idólatra. Apareceu entre 50 a 10 a.C.
- Eclesiástico: também chamado de Sabedoria de Jesus, filho de Siraque, semelhante ao livro de Provérbios. Apareceu em torno de 180 a.C.
- Baruque: dividida em três partes: confissão e arrependimento; exortativo e promessa de livramento. Apareceu no II século a.C.
- I e II Macabeus: narra a revolta dos Macabeus pelo império romano em 167 a.C.
- Acréscimos aos livros de Daniel e Ester.
6. Todas as Bíblias são iguais?
A Bíblia dos cristãos é composta pelo Antigo e Novo Testamento, enquanto que aquela dos judeus tem apenas o Antigo Testamento.
Os judeus usam o nome Tanakh. Uma sigla que reúne as 3 palavras que descrevem as 3 partes da Bíblia hebraica: a lei (Torah), os profetas (Neviim) e os Escritos (Ketuvin))
Os Livros apócrifos (latim apócryphus; português: oculto), também conhecidos como Livros Pseudocanônicos, são os livros escritos por comunidades cristãs e pré-cristãs (ou seja, há livros apócrifos do Antigo Testamento) nos quais os pastores e a primeira comunidade cristã não reconheceram a Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo, portanto, não foram incluídos no cânon bíblico.
Se compararmos a Bíblia católica romana com a Bíblia protestante, veremos que além dos 66 livros, a Bíblia católica possui 7 livros chamados apócrifos (secretos, espúrios ou misteriosos) que possuem um valor histórico de uma época, mas não canônico para o protestantismo, ou seja, NÃO de uma revelação divina.
Há outras listas de livros bíblicos, com pequenas diferenças, de igrejas clássicas, consideradas ortodoxas e, nesse sentido, poderíamos falar de Bíblia da Igreja Ortodoxa Grega, Bíblia Eslava ou ainda Bíblia Etíope.
Há três religiões denominadas como Religiões do Livro: judaísmo, cristianismo e islamismo. Essas 3 religiões fundam a própria fé num livro considerado sagrado:
- Judaísmo – Torah (Pentateuco) e outros livros do Antigo Testamento
- Cristianismo – A Bíblia V. e N. Testamento
- Islamismo – Alcorão (ou Corão)
Outra noção que precisamos ter presente é, dentro do mundo cristão, a denominação que damos às edições das bíblias cristãs.
É normal escutarmos falar de Bíblia de Jerusalém, NVI, Bíblia Almeida, Bíblia do Pelegrino, Bíblia Pastoral, Nova Tradução na Linguagem de Hoje e tantos outros nomes. Nesse caso não devemos pensar que se trate de diferentes bíblias, mas sim diferentes versões de bíblias. Esses nomes nascem para nomear as diferentes traduções que são feitas. Há um texto base, em grego e hebraico, e cada um é livre para fazer uma tradução para o português desse texto.
Obviamente cada tradução sai de modo diverso e recebe um título. As palavras, tomando versões diferentes, não são iguais, mas se o trabalho foi bem feito, o sentido é sempre igual.
A. A SEPTUAGINTA
Cerca de 300 anos antes de Jesus nascer, estudiosos judeus começaram a traduzir as Escrituras Hebraicas para o grego. Essa tradução ficou conhecida como Septuaginta GREGA. — Mas por que ela foi feita? Para ajudar os judeus que falavam grego e não entendiam hebraico a entender “os escritos sagrados”. (2Tm 3:15)
A Septuaginta também ajudou muitos que não eram judeus e falavam grego a entender melhor a Bíblia. O professor universitário Wilbert Howard disse o seguinte: “Mais ou menos 2 mil anos atrás, a Septuaginta se tornou a Bíblia da Igreja Cristã. Os missionários usavam essa versão para ‘provar que Jesus era o Messias’ quando iam até as sinagogas.” (A 17:3, 4; 20:20) Mas, segundo o estudioso Frederick Bruce, esse foi justamente um dos motivos que levou os judeus a “perder o interesse na Septuaginta”.
Os seguidores de Jesus receberam os livros das Escrituras Grega Cristã aos poucos. Daí, eles foram juntando esses livros à Septuaginta, que possuía os livros das Escrituras Hebraicas. Todos esses livros juntos formaram a Bíblia completa, que usamos até hoje.
B. A VULGATA
Uns 300 anos depois de a Bíblia ser finalizada, Jerônimo, um estudioso de religiões, produziu uma tradução da Bíblia em latim. Ela passou a ser chamada de Vulgata (latina). Nessa época, já existiam outras traduções da Bíblia em latim. Então, por que foi produzida mais uma? Uma enciclopédia bíblica diz que Jerônimo queria corrigir “falhas de tradução, erros evidentes e coisas que tinham sido adicionadas e retiradas”.
É verdade que Jerônimo corrigiu muitos desses erros. Mas, depois de um tempo, pessoas importantes da Igreja fizeram uma coisa muito ruim. Elas decidiram que a única tradução da Bíblia que as pessoas podiam usar era a Vulgata latina. E foi assim por séculos! Mas, com o passar dos anos, a maioria das pessoas deixou de entender latim. Assim, as pessoas mais simples não conseguiam entender a Bíblia.
C. TANAKH
O Tanakh é um livro sagrado sim, outorgado por Deus. As próprias letras em maiúsculo resumem a composição deste conjunto de obras: T de Torá, N de Neviim e C de Ketuvim.
Da mesma forma que vemos na nossa história relatos de anjos que se revestiram com uma aparência humana a fim de serem vistos pelos mortais (como no episódio do patriarca Abraão), assim também os segredos Divinos mais sublimes assumem, pois, uma roupagem de narrativa histórica a fim de permitir-nos aprendê-los.
Da mesma forma que de cada porção da Torá aprendemos muitos ensinamentos e até mesmo da repetição insistente do episódio de Eliezer, servo fiel de Abraão (Gênesis 24:1), bem como da lista aparentemente desnecessária dos reis descendentes de Esaú (Gênesis 36:31), a Lei Oral deduz inúmeras leis, igualmente ocorre no Tanach.
De cada história, de cada detalhe a princípio casual, o Talmud tira uma série de conclusões. Aliás, um dos motivos da ausência de uma cronologia mais rígida no Tanach é justamente para demonstrar que não se trata de um simples livro de histórias.
Qualquer judeu estudando a Torá, mesmo apenas trechos de histórias dos reis ou profetas, tem a obrigação de pronunciar a benção “Bendito sejas… que nos dá a Torá”, demonstrando o caráter transcendental e Divino das Escrituras.
SURGEM MUITAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
Nesse meio tempo, outras traduções da Bíblia foram produzidas como, por exemplo, a famosa Pesito siríaca. Ela foi feita mais ou menos no quinto século depois de Cristo. Mas foi só no século 14 que alguns se esforçaram para produzir uma versão da Bíblia que as pessoas simples pudessem entender.
No final do século 14, na Inglaterra, John Wycliffe começou seus esforços para traduzir a Bíblia para uma língua que as pessoas conhecessem. Ele traduziu a Bíblia para o inglês, um idioma que as pessoas mais simples do seu país conseguiam entender. Pouco depois, a nova técnica de impressão de Johannes Gutenberg tornou mais fácil produzir e distribuir novas versões da Bíblia em idiomas comuns da Europa.
Com o tempo, foram feitas muitas traduções da Bíblia para o inglês. Por causa disso, muitos críticos questionaram se era necessário fazer tantas versões da Bíblia para um mesmo idioma. Mas, no século 18, o clérigo inglês John Lewis escreveu: “Conforme o tempo vai passando, algumas expressões de um idioma vão ficando velhas e difíceis de entender. Por isso, é necessário revisar traduções antigas para que elas fiquem com uma linguagem que as pessoas compreendam.”
Hoje, os estudiosos estão mais preparados do que nunca para revisar traduções antigas da Bíblia. Isso porque agora eles entendem melhor os idiomas em que a Bíblia foi escrita.
Também, foram descobertos outros manuscritos da Bíblia. Isso ajuda os estudiosos a ter certeza do que os escritos originais diziam.
Tudo isso mostra que é muito bom termos novas versões da Bíblia. É claro que precisamos ter cuidado ao escolher qual Bíblia vamos ler.
7. Estruturação da Bíblia
Entendemos que a Bíblia passou por muitos processos de organização de diversas partes, como: disposição, ordenação, ordem, sistema, arranjo, etc.
A. AS FORMAS DOS LIVROS ANTIGOS
ROLOS (Jr 36.2)

Os livros da Bíblia foram originalmente escritos como rolos (Jr 36.2), cada livro constituindo um rolo distinto.
As folhas de papiro eram coladas uma ao lado da outra, formando longas tiras e, então, enroladas em um bastão. Geralmente se escrevia em um só lado. Em geral os rolos tinham de 6 a 10 metros, mas foram encontrados alguns com 43 metros.
OPISTÓGRAFO (Ap 5.1)

Manuscrito, folha ou documento escrito de ambos os lados.
CÓDICE OU LIVRO

Visando tornar a leitura mais fácil, as folhas de papiro foram montadas em forma de livro, sendo escritas em ambos os lados. Autores afirmam que o cristianismo foi o principal motivo para o desenvolvimento do formato de códice (volume manuscrito antigo).
B. CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
- Estruturação em capítulos feita em 1250 pelo cardeal Hugo de Saint Cher
- Divisão em versículos do AT data de 1445, pelo rabino Nathan.
- Em 1551, o NT foi dividido em versículos por Robert Stevens.
- 1ª Bíblia impressa em prensa de tipos em 1450 por Gutemberg
*Divisão dos versículos do AT teria sido feita pelos massoretas entre os séculos IX e X. (Com relação ao NT, há consenso entre as fontes)
8. Materiais e escrita na redação da Bíblia
Na história da composição textual da Bíblia, as escrituras sagradas hebraicas e do Novo Testamento foram escritas em hebraico, aramaico e grego. Os materiais mais usados foram o papiro e o pergaminho, que na época eram bastantes populares.
A. Material para escrita da Bíblia
PAPIRO

Material feito a partir de uma espécie de junco com esse mesmo nome. Os manuscritos mais antigos foram escritos em papiro e seu uso foi muito comum até por volta do século terceiro depois de Cristo.
Papiro é, originalmente, uma planta perene da família das ciperáceas cujo nome científico é Cyperus papyrus, por extensão é também o meio físico usado para a escrita durante a Antiguidade Antigo Egito, civilizações do Oriente Médio, como os hebreus e babilônios, e todo o mundo greco-romano.
PERGAMINHO

Feito com pele de animais (geralmente cabra ou carneiro). Seu uso é mais recente, surgindo nos primórdios da era cristã, sendo um material gráfico superior ao papiro. Sua designação tem origem na cidade de Pérgamo, onde se produzia esse material.
VELINO

Material feito com pele de filhotes de animais (couro de vitelo). Frequentemente tingido de púrpura e escrito com caracteres prateados ou dourados.
ÔSTRACO

Fragmento de cerâmica não esmaltada, bastante usado entre o povo em geral. Encontrados em abundância no Egito e na Palestina.
TABLETES DE ARGILA

Inscritas com um instrumento pontiagudo e então secados. Eram os materiais mais baratos e duráveis (Ez 4.1).
TABLETES DE CERA

Pedaço plano de madeira recoberto com cera (de abelha), o que permitia corrigir palavras ou apagar todo o texto e recomeçar.
B. INSTRUMENTOS PARA A ESCRITA
CINZEL

Instrumento de ferro para entralhar as pedras.
ESTILIETE DE METAL

Instrumento triangular com uma cabeça plana, para fazer marcas nos tabletes de argila e de cera.
PENA
Feita de juncos, com uma das extremidades cortada. Teve utilização desde o primeiro milênio A.C. O uso da pena de ave parece ter vindo dos gregos, a partir do século III a.C. A pena era usada para escrever em velino, pergaminho ou papiro e a tinta feita com carvão, cola e água.
C. ESCRITOS DA BÍBLIA
Os materiais mais usados foram o papiro e o pergaminho, que na época eram bastantes populares.
TIPOS DE ESCRITA:
ESCRITA UNCIAL

Letras maiúsculas deliberadas e cuidadosamente desenhadas, próprias para livros. Como exemplos têm: – CÓDICE VATICANO – CÓDICE SINAÍTICO
MINÚSCULA CAROLINA

Escrita de letras menores, cursivas, com vistas à produção de livros. A mudança de unciais para minúscula teve início no século IX.
HEBRAICO

Falado e escrito até o cativeiro babilônico.
ARAMAICO

- ESDRAS 4.8 A 6.18
- ESDRAS 7.12-26
- JEREMIAS 10.11
- DANIEL 2.4-7.28
GREGO KOINE

Idioma predominante em todas as nações. Linguagem popular (grego koine (bíblico)).
[1] não genuíno; suposto, hipotético.